No dia 31 de Dezembro costumo sempre fazer uma reflexão sobre os momentos mais marcantes do ano que está a acabar etc etc. Acontece que este ano o gás acabou cá em casa e em vez de tomar o meu prolongado banho de emersão, com direito a banda sonora e a sais de banho, tive que tomar um duche! Assim, como é fácil de deduzir não fiz a reflexão e portanto vou fazê-la agora, ou seja, aqui!
Obviamente que não fazer uma reflexão como a que fazia se tivesse no banho porque há gente que me conhece que lê este blogue (também devem ser as únicas) e que se eu contasse aqui tudo o que fiz este elas nunca mais me falavam e também porque há noticias que não se dão pelo blogue!
Contudo, posso dizer que em 2010 cresci, sinto me mais adulta (muito também não) e olho para trás e consigo gesticular mentalmente frases como "Meu Deus, era tão parvinha, tão ingénua". Olho para trás e felizmente não me arrependo de nada e posso dizer que tive o melhor Verão de sempre, que aprendi a olhar para quem é realmente importante porque estiveram sempre comigo e que já não tenho medo de ninguém nem de dizer o que penso e muito menos de me mostrar como realmente sou.
Ah! Vi pela primeira vez um programa do Curto Circuito completo e gostei, apaixonei me loucamente pela Katy Perry, usei pela primeira vez um bronzeador, entrei no lookbook, senti me a rainha da noite, descobri que tenho uma bolha de ar no nariz, comecei a comprar a Vogue em vez da Happy, parti uma unha a experiementar umas calças de ganga, comecei a adorar o Porto e as pessoas do Porto, descobri que tenho uma alma gémea (Hannah), que tenho uma melhor amiga que nem a mereço e que é tão louca ou mais que eu e que não posso passar muito tempo com ela se não ainda vou presa e descobri que é Balmain a minha marca preferida!
Agora tenho medo de 2011, ainda tenho um conflito interior sobre se deve viver ou matar me a estudar por um futuro incerto. Daqui a um ano vou ter a minha vida completamente ao contrário e ao contrário deste ano, tenho medo de olhar para trás e de me vir à cabeça um palavrão e de me arrepender do que fiz de mal ou do que simplesmente não fiz. Não faço ideia de nada, não sou muito boa a nada, não morro de amores por fazer nada, não sei escrever bem apesar de gostar de comunicar, gosto de ciências e de tudo dessa área contudo não me sinto completa aí. O que eu sei? Que quero ir para fora, que não quero ficar em Portugal, que preciso de agitação, de movimento, que quero conhecer pessoas interessantes, cultas, bonitas, freaks, e sobretudo quero pensar e ver e sentir "que valeu a pena!".
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